Lliane Dark Poetry

A única forma de se esquecer alguém é morrer... Tantas vezes mo pediste... Desejavas a minha morte? O Nada devora as memórias...lentamente, mas devora-as... Será que no dia em que Ele me consumir por completo Tu serás finalmente feliz?

Os meus olhos já não brilham...sabias? Mas não faz mal... Assim já niguém se perde neles... É que ninguém se quer perder no Vazio...

Era quase irreal...e irreal se tornou... Um sonho distante...cada dia mais distante... Um sonho cheio de Magia... Aquela Magia que esperamos que vença tudo... Mas a Realidade engoliu a Magia...

Sabes...? Eu já tinha morrido antes.. É possível viver várias vidas numa mesma existência. Foram grandes mágoas que me atiraram para as profundezas de um abismo de águas escuras. Tão escuras como só a solidão sabe ser...

Lembras-te do Lobo do Nada? Foi ele que me levou... Ironia... Haveria semprede ser um Lobo a tomar-me como sua...

Tu bebeste não foi? Quando me vomitaste aquelas duras palavras? Que foram o meu fim... Eu rastejei... Contra a minha própria natureza... Eu rastejei... Num grito desesperado de salvação! Mas tu não me conseguiste escutar... A Água de Fogo faz isso sabias? Os sentidos deixam de funcionar... E vês coisas que não existem... A Água de Fogo az isso... Tranforma um Lobo numa Naja... Para a Mordedura Final...

Não se sabe... Não se espera... Mas acontece! Tornamo-nos um espectro em vida. Algo novo... Já nada importa... Já nada se sente... Apenas se está...ali..algures.. A vaguear em silêncio Enquanto se aguarda que a ceifa leve o corpo que a alma dilacerada para trás deixou...

Ontem houve alguém que adormeceu e já não acordou... Levantou-se um autómato invólucro, Vazio de substância... A alma foi-se, Mas o corpo não o sabe E continua a sua função. Sem chama..sem dor...apenas porque ainda é necessário...

Creio que um dia conheceste esta doce menina... Tenho a dizer-te que ela partiu... É algo interessante estar sem vida... Deixa-se de sentir dor! A História de Lia(dan) terminou. Fartou-se deste mundo obscuro. Quem sabe se nos voltaremos a cruzar nas linhas de um outro poema? Um com final feliz... Quem sabe...