O outro lado do espelho
O outro lado do espelho... Nada tem, apenas um reflexo. Um feixe de luz que torna um punhado de átomos um autêntico exército de crianças endiabradas. Depois há o gradiente, torna esse mesmo reflexo mais quente, mais denso, ou mais escuro. Os reflexos mais escuros são complexamente simples. Contradição, hein? Apenas na construção frásica. Se pararmos para pensar, um bocadinho apenas, é simples. E nessa simplicidade, o gradiente mais escuro encontra a sua própria luz. Fui desafiado. A escrever. Na verdade, tenho escrito. Mas não para ti, Mulher, Homem, que outrora criança foste. Foi-me arrancado esse prazer. Foi estranho viver todo este tempo sem sombra. Mas não falemos de mim, não é isso que aqui me trás. Continuemos. E nesse mesmo encontro, pode estar imprimida aquela janela. Aquela, a quem pertence a tua infância. A infância guardiã da noite, das dúvidas que entregavas a Deuses, e dos desejos almejados por D...